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sábado, 8 de novembro de 2014

Mesa Diretora da ALPB: oposição está unânime e governo discute candidaturas

A eleição que escolherá a nova Mesa Diretora da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) para o biênio 2015/2016, marcada para o fim do mês de janeiro, tem movimentado fortemente o cenário político nos últimos dias. Um dado bastante curioso é que do lado da oposição, existe uma unanimidade entre os parlamentares pela reeleição do atual presidente da ALPB, o deputado Ricardo Marcelo (PEN). Já do outro lado, a base governista apresenta o interesse de vários deputados estaduais eleitos em presidir a Casa de Epitácio Pessoa.

O grupo ligado ao atual presidente destaca a continuidade do trabalho e a independência do Legislativo perante os demais poderes, como trunfo para a reeleição. Nomes como o dos deputados Trócolli Júnior (PMDB), Janduhy Carneiro (PTN), Jutay Menezes (PRB), Daniella Ribeiro (PP), Dinaldinho (PSDB), Camila Toscano (PSDB), Bruno Cunha Lima (PSDB), Tovar Correia Lima (PSDB), José Aldemir (PEN) e o do campeão de votos na última eleição Manoel Ludgério (PSD), já demonstraram apoio a Ricardo Marcelo.

“Vejo naturalmente em Ricardo Marcelo a pessoa que poderá contemplar este espaço sendo reconduzido a Casa. É um dos nomes que eu analiso. A Assembleia não pode se tornar uma sucursal do Poder Executivo (...) Eu defendo que a mesa diretora da casa, como seu novo presidente, tenha uma postura de respeito e de independência”, afirma.

Prestes a cumprir o primeiro mandato na ALPB, o deputado eleito Bruno Cunha Lima tem destacado o nome do atual presidente como um dos mais lembrados para comandar o destino da Casa na próxima Legislatura. “Nós iniciamos o processo de discussão e alguns deputados como Manoel Ludgério e Daniella Ribeiro, por exemplo, já externaram o desejo de apoiar Ricardo Marcelo que continua sendo o mais forte e não pode deixar de ser lembrado”, destaca.

Esta semana, o deputado estadual Trócolli Júnior, que é 2º vice-presidente da ALPB, defendeu uma chapa única, encabeçada por Ricardo Marcelo, com nomes escolhidos consensualmente. “Essa é uma Casa dos 36 deputados que deve ser cuidada com autonomia e sem interferência de qualquer outro poder. Eu vou defender uma chapa com todos os partidos participando e que seja uma chapa única para o bem da Assembleia Legislativa”, declara.

O próprio Ricardo Marcelo tem evitado falar publicamente sobre a eleição da Mesa Diretora. Ele prefere enaltecer as conquistas de seu mandato à frente da Casa de Epitácio Pessoa, a exemplo da realização de concurso público para o Poder Legislativo, após quase três décadas, a implantação de modificações estruturais dentro da Assembleia Legislativa da Paraíba e a tramitação de matérias polêmicas que há anos estavam paralisadas na Casa.
“No geral foi [um mandato] muito positivo. O caminho é de sempre procurar crescer e ver as coisas acontecerem. Fico feliz de está concluindo esse mandato. Só tenho o que agradecer”, diz.

Governo com nomes de peso

O grupo ligado ao governador reeleito Ricardo Coutinho (PSB) apresenta nomes de peso na política para a disputa pela Presidência da Mesa Diretora. Entre os cogitados ou que já manifestaram interesse publicamente, estão os deputados Adriano Galdino (PSB), Ricardo Barbosa (PSB), Estela Bezerra (PSB), Nabor Wanderley (PMDB), Gervásio Maia Filho (PMDB), Lindolfo Pires (Democratas) e Tião Gomes (PSL).

Adriano Galdino, inclusive, já colocou o nome à disposição do PSB para disputar a eleição. Ele tem afirmado que a disputa de colegiado para composição da Mesa Diretora é complicada, pois, apresenta várias vertentes. “É uma eleição que não é fácil, mas me sentiria muito honrado se meus colegas deputados me escolhessem para presidir a Casa (...) Como deputado de grupo que sou, viria para somar e não para dividir”, comenta.

Mesmo prestes a assumir o primeiro mandato de deputado estadual, o peemedebista Nabor Wanderley, ex-prefeito de Patos, já aparece como um dos mais cotados na disputa pelo lado governista. Ele, inclusive, também colocou seu nome à disposição. “Se eu disser que não quero, estarei mentindo. Acredito que todos os 36 parlamentares têm capacidade e anseiam assumir essa função”, diz.

A deputada eleita Estela Bezerra (PSB) não fala abertamente em candidatura, mas tem defendido que seja feita uma renovação no comando da Assembleia. A opinião é compartilhada pelo deputado estadual eleito Ricardo Barbosa, também do PSB, que afirma que o candidato sairá daquele que tiver maior poder de convencimento entre os parlamentares.

“A eleição da Mesa é permeada por bastidores, então serão 90 dias só dessa forma. Os 36 deputados almejam, alguns têm chance, uns com mais, outros com menos. É um cargo que requer experiência, credibilidade e capacidade de comando”, afirma Ricardo Barbosa.

O deputado Lindolfo Pires, que ensaiou disputar a presidência da Casa Epitácio Pessoa na última eleição, também não tem escondido que deseja entrar na concorrência pela Presidência do Poder Legislativo. Ele tem defendido a composição de uma Mesa Diretora eclética, com a presença de representantes de todos os partidos eleitos.

“Meu voto será favorável a uma chapa eclética, com a presença de representantes de todos os partidos que ocupam a casa. Agora, é importante que a Mesa seja encabeçada por um gestor preocupado com o bom relacionamento entre poderes”, diz.


Ângelo Medeiros
WSCOM Online