Um forte terremoto de magnitude 7,3 atingiu o Nepal nesta terça-feira
(12), matando ao menos 41 pessoas e ferindo 1.066, segundo a agência de
notícias Reuters. Vários prédios e estruturas que estavam danificadas
pelo terremoto de 25 de abril – que matou 8 mil pessoas no país –
colapsaram.
Políticos correram para o lado de fora do Parlamento do Nepal e
prédios de escritórios balançaram até mesmo no centro de Nova Déli, na
Índia. Os tremores foram sentidos também em Bangladesh e foram seguidos
por uma série de tremores secundários intensos.
Moradores aterrorizados de Katmandu buscaram espaços públicos,
temorosos de locais fechados. Trabalhadores humanitários relataram danos
graves em alguns vilarejos nepaleses vistos do ar, e testemunhas
disseram ter visto rochas e lama atingindo encostas remotas repletas de
estradas e pequenas vilas.
Segundo a rede
CNN, 39 pessoas morreram no tremor – que teve epicentro 68 km a oeste da
cidade de Namche Bazaar, perto do Monte Everest e da fronteira com o
Tibet, segundo o Serviço Geológico dos EUA. O terremoto pôde ser sentido
no norte da Índia e em Bangladesh. O acampamento base para o Everest
também foi sacudido.
Nas cidades
indianas fronteiriças com o Nepal morreram cinco pessoas -uma em Uttar
Pradesh e quatro em Bihar, de acordo com autoridades, e a mídia chinesa
relatou uma pessoa morta no Tibet após deslizamento de rochas sobre um
carro. Prédios tremeram em Nova Délhi, fazendo com que funcionários de
escritórios corressem para as ruas. Moradores da cidade indiana de
Siliguri, perto da fronteira como Nepal, disseram que pedaços de
concreto caíram de um ou dois prédios.
O Nepal ainda não
se recuperou do potente sismo de abril. O forte tremor matou mais de 8
mil pessoas, deixou mais de 17.800 feridos e destruiu milhares de
imóveis e monumentos. A destruição foi tamanha que o Nepal ainda
continua contando mortos e buscando por desaparecidos.
“Estou muito assustado e meus dois filhos estão comigo. O prédio da
escola está rachado e vi que partes desabaram”, disse Rhita Doma Sherpa,
enfermeira do Centro Médico Mountain, em Namche Bazaar, ponto de
partida de alpinistas que seguem rumo ao Everest. “Estava na hora do
almoço e todas as crianças estavam do lado de fora, graças a Deus”.
G1