O filho mais novo do governador Geraldo Alckmin (PSDB), Thomaz Rodrigues
 Alckmin, era um dos cinco ocupantes do helicóptero que caiu nesta 
quinta-feira, dia 2, em Carapicuiba, na grande São Paulo. O acidente 
ocorreu às 17h10, em um condomínio localizado na altura do km 26 da 
Rodovia Castello Branco. Não houve sobreviventes. A aeronave chegou a 
atingir uma casa em construção, mas ninguém em solo ficou ferido.
Formado em administração de empresas, Thomaz tinha 31 anos e era 
piloto de helicóptero. O relato que chegou ao governador é que Thomaz 
teria entrado na aeronave apenas para acompanhar o teste, por ser 
apaixonado por aviação. O helicóptero pertencia à empresa Seripatri 
Participações, empresa de investimentos de José Seripieri Jr., fundador e
 principal acionista da Qualicorp, que administra planos de saúde. A 
empresa divulgou nota na qual afirmou que o piloto, cujo nome ainda não 
foi divulgado, tinha "30 anos de experiência".
Além do piloto e do filho do governador, outras três pessoas 
que estavam na aeronave morreram. Seus nomes também não foram divulgados
 até agora.
Thomaz era casado e tinha duas filhas: uma recém-nascida e 
Isabella Trombelli Alckmin, de 10 anos, fruto de um relacionamento 
anterior com uma ex-funcionária do Palácio dos Bandeirantes. 
Ao ter conhecimento da notícia, Fabíola Trombelli, ex-mulher 
de Thomaz - ela vive com a filha atualmente na Noruega -, ligou para o 
próprio governador, que, segundo ela não conseguia falar. "O Dr Geraldo 
só chorou", afirmou a ex-mulher de Thomaz, em choque, por telefone. 
Pessoas ligadas ao governador afirmam que Alckmin tentava 
convencer o filho a parar de voar. O filho, ainda segundo auxiliares do 
Palácio, era muito ligado à mãe, dona Lu Alckmin, quem Thomaz 
considerava "uma espécie de psicóloga". Além dele, Alckmin tem mais dois
 filhos: Geraldo e Sophia. 
Em fevereiro do ano passado, Thomaz sofreu uma tentativa de assalto 
em frente ao Clube Paineiras, no Morumbi - a cerca de 1 km do Palácio 
dos Bandeirantes, residência oficial do governador. Ele levava a filha 
de volta para casa, quando o veículo foi cercado por criminosos. Houve 
troca de tiros entre os seguranças que faziam a escolta de Thomaz e os 
bandidos. 
Em 2004, Thomaz já havia sido vítima de um assalto quando 
andava de moto na Marginal Pinheiros, na altura do parque Villa-Lobos. 
Na ocasião, ele tinha saído sem seguranças, quando foi abordado por 
bandidos. Dois anos antes, policiais militares que faziam a segurança 
dele na época foram baleados em uma tentativa de roubo ao carro de 
Thomaz, na Vila Mariana, zona sul da cidade. Um dos policiais, Diógenes 
Barbosa Paiva, de 38 anos, não resistiu aos ferimentos e morreu. Três 
pessoas foram condenadas pelo crime. 
Folha de São Paulo
