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terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Eleição para o líder do PMDB na Câmara Federal inclui Manoel Júnior como favorito

A vitória do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na corrida pela presidência da Câmara dos Deputados deflagrou uma disputa interna no PMDB para definir quem irá comandar a bancada peemedebista da Câmara em 2015. Ao menos seis deputados federais se apresentaram como candidatos à sucessão de Cunha na liderança do partido. O deputado federal Manoel Júnior, da Paraiba, é um dos mais citados e considerado favorito.

Após se reunirem a portas fechadas nesta terça-feira (3), os integrantes da bancada peemedebista decidiram agendar para o dia 11 a eleição que definirá o novo líder do PMDB. Atualmente, a vaga é ocupada interinamente pelo deputado Marcelo Castro (PI).

Entre os nomes lançados para a disputa estão os deputados Manoel Júnior (PB), Marcelo Castro, Danilo Forte (CE), Lúcio Vieira Lima (BA), Leonardo Picciani (RJ) e José Priante (PA). Uma ala ligada à bancada gaúcha tenta ainda emplacar um sétimo candidato, que pode ser os deputados Osmar Serraglio (RS), Lelo Coimbra (ES) ou Alceu Moreira (RS).

Os interessados ao posto têm até o início da noite da próxima segunda (9) para oficializar a candidatura, no entanto, os peemedebistas acreditam que, até lá, haverá um afunilamento na disputa com a desistência de candidatos que não consigam se viabilizar.

“Esperamos que até lá [segunda-feira] possam fazer um consenso”, ponderou Eduardo Cunha, que comandou o partido nos últimos dois anos.

Eleição
Para conquistar a liderança do PMDB na Câmara, o candidato deverá obter a maioria simples dos votos da bancada, composta por 65 deputados. A votação é secreta.

Na reunião desta terça-feira, também ficou definido que o novo líder eleito poderá ficar apenas um ano na função e que uma eventual reeleição do escolhido deverá passar pelo crivo da bancada no ano que vem.

O cargo é bastante cobiçado por dar visibilidade ao parlamentar, uma vez que o líder do partido tem como prerrogativa representar a bancada dentro da Câmara e participar das reuniões entre as lideranças para definir as pautas de votação no plenário.

Aliado próximo a Cunha, Manoel Júnior afirmou que o critério para a escolha do próximo líder será o de alguém com o perfil mais “independente” parecido com o de Cunha, que já causou problemas ao Palácio do Planalto ao liderar rebeliões na base aliada resultando em derrotas ao governo no plenário.

“[O perfil] Não será com certeza de submissão, vamos ter a mesma postura que tem o presidente da Casa hoje de dar governabilidade a um governo que nós fazemos parte”, ressaltou Júnior.

Orçamento impositivo
Cunha reiterou que pretende colocar em votação a proposta de emenda à Constituição (PEC) do Orçamento Impositivo, se possível, ainda nesta terça caso haja consenso entre os líderes partidários.

A proposta obriga o governo federal a pagar a verba destinada pelos congressistas no Orçamento para seus redutos eleitorais, chamadas de emendas parlamentares individuais.

O texto já foi aprovado pelo plenário em primeiro turno em dezembro passado, em uma das últimas sessões deliberativas antes do recesso parlamentar. No entanto, para ser promulgada, a PEC precisará ser votada em segundo turno.

O regimento determina que, entre o primeiro turno e o segundo, é preciso que tenham transcorrido cinco sessões. No entanto, se houver acordo entre os líderes, esse prazo pode ser quebrado.

“Orçamento impositivo eu tenho intenção de votar hoje [terça], o que ocorre é que ainda não se cumpriu as cinco sessões de interstício. Se houver consenso, não houver oposição, a gente vota hoje. Se houver oposição, a gente vai ter que cumprir as cinco sessões de interstício”, afirmou Cunha.

Com G1 e agências de notícias