A Polícia Civil da Paraíba realizou, na
manhã desta quinta-feira (23), a ‘Operação Firewall’, responsável pela
desarticulação de uma quadrilha especializada na clonagem de cartões de
crédito no Estado e também no Rio Grande do Norte e em Pernambuco. As
investigações iniciadas pela Delegacia Especializada de Defraudações e
Falsificações de João Pessoa resultaram na prisão de 18 pessoas e 28
mandados de busca e apreensão cumpridos na Capital e nas cidades de
Cabedelo, Belém e Patos. Os presos responderão pelos crimes de formação
de quadrilha, lavagem de dinheiro e receptação dolosa qualificada. Eles
foram qualificados e interrogados e colocados à disposição da Justiça.
O delegado da Defraudações, Gustavo
Carletto, explicou que a investigação durou oito meses e a ação empregou
150 policiais. A quadrilha agia com clonagem e também efetuava golpes
no comércio e em instituições bancárias, utilizando documentos falsos e
os cartões fraudados para comprar equipamentos, inclusive eletrônicos, e
revendê-los. “O prejuízo às empresas e instituições bancárias chega a
R$ 1 milhão. Entre o material apreendido estão ‘chupa-cabras’ para obter
dados dos cartões, impressoras especiais para fabricação deles,
veículos, objetos receptados e ainda R$ 14 mil em dinheiro, na cidade de
Patos. Entre os presos na operação estão frentistas de postos de
gasolina e o vereador da cidade de Serra da Raiz, Jean Teixeira.”,
acrescentou.
O adjunto da especializada, Lucas
Sá, por sua vez, comentou que, a partir das ocorrências, as
investigações focaram na fonte, na fabricação desses cartões clonados.
“Agora, com esse resultado positivo, podemos fazer conexão entre as
provas, ir em busca de outras pessoas que participam de ações como essas
e dar andamento a demais inquéritos”, disse.
Durante as investigações foram
realizadas várias diligências de forma qualificada, sob segredo de
justiça, com prisões já efetivadas. Além disso, todas as interceptações
telefônicas tiveram autorização judicial e aval do Ministério Público.
“As provas serão encaminhadas à Justiça e os envolvidos certamente serão
condenados. Essas pessoas tinham a clonagem como fonte de renda, como
um trabalho comum, e alguns já foram presos até três vezes pelo mesmo
crime”, frisou Carletto.
Para o gerente executivo de Polícia
Civil Metropolitana,Wagner Dorta, a operação, que teve todos os mandados
cumpridos, representa o fim da quadrilha que causava sérios danos à
sociedade. “São jovens, que queriam ter uma vida fácil, carros de luxo,
participar de bebedeiras e fazer viagens à custa da sociedade. No dia de
hoje a Polícia Judiciária deu um basta às ações dessa quadrilha,
mostrando que o crime não compensa”, afirmou.
Secom
