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quinta-feira, 18 de abril de 2013

Paraíba tem menor número de postos de trabalho desde 2002

No primeiro trimestre de 2013, a Paraíba teve o pior saldo de empregos no período desde 2002. O saldo é calculado a partir das admissões subtraindo as demissões e contabilizou menos 9.030 postos – foram 37.718 admissões contra 46.748 demissões. O número representou 12% do saldo negativo da Região Nordeste, que teve 74.766 carteiras assinadas a menos nos meses de janeiro, fevereiro e março.

Apesar do aspecto negativo, o saldo paraibano de menos 9.030 postos foi o terceiro pior do Nordeste, mas ficou muito abaixo dos valores dos dois primeiros: Pernambuco (-26.652 postos) e Alagoas (-24.896 postos). Nos municípios paraibanos, as maiores quedas foram registradas em Santa Rita (-4.577), Mamanguape (-1.343) e Campina Grande (-191). Na capital, o saldo foi positivo: foram criados 223 postos de trabalho. Mesmo assim, o número é inferior ao do ano passado, quando contabilizou 995 vagas.
Além disso, a Paraíba tem o segundo pior salário médio de admissão do país. Em média, o pagamento inicial ao trabalhador é de R$ 848,55, bem abaixo da média nacional de R$1.079,92 e um pouco maior que o pago no Piauí, de R$842,05.

As informações são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), sob a coordenação do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O saldo negativo deste ano (9.030) está 3,2 mil  postos acima (5.826) em relação ao mesmo período de 2012.

A maior perda de postos foi na indústria de transformação (-5.815) e da agropecuária (-3.447), seguidos pelo setor de comércio (-426) e construção civil (-144). O saldo foi positivo apenas na área de prestação de serviços, que fechou o trimestre com a criação de 844 postos de trabalho.

Segundo Edmundo Barbosa, presidente do Sindicato da Indústria de Produção do Álcool na Paraíba (Sindalcool), a queda tem relação direta com a seca e com o fim da safra da cana. 'O grosso dos desligamentos foi motivado por isso. É uma redução sazonal e esperada, não há outro motivo. Mas vale ressaltar que a seca pode impactar sim e gerar uma redução nas contratações da próxima safra, uma vez que ela deve começar mais tarde, em setembro”, explicou.

Essa redução nos postos de trabalho tem interferência direta na economia do estado. De acordo com o professor de Economia da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Lucas Milanez, o consumo do dia a dia decai de forma imediata. 'Existe o impacto social que já é, por si só, muito prejudicial. Em segundo plano, o paraibano também deixa de aquecer a economia local através da obtenção de crédito, uma vez que não dispõe de renda', pontuou.

G1PB