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quinta-feira, 4 de abril de 2013

Morte de Chorão foi causada por overdose de cocaína, diz laudo


A morte do cantor Alexandre Magno Abrão, o  Chorão, foi provocada por overdose de cocaína, de acordo com exame toxicológico divulgado nesta quinta-feira (4). Vocalista da banda Charlie Brown Jr., Chorão foi encontrado morto em seu apartamento no dia 6 de março. Localizado no bairro de Pinheiros, em São Paulo, o apartamento foi encontrado revirado e a polícia também coletou amostras de um pó branco que parecia cocaína.
O laudo necroscópico do Instituto Médico Legal com o resultado do exame afirma que foram encontradas no corpo de Chorão 4,714 microgramas de cocaína por mililitro de sangue. A conclusão dos peritos é de que a morte foi causada por "intoxicação exógena devido à cocainemia".
A informação foi confirmada em entrevista coletiva concedida na noite desta quinta pelo delegado Itagiba Franco, diretor da Divisão de Homicídios do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), na sede do departamento, no centro de São Paulo.
"Como nós prevíamos desde o início, não havia morte violenta, homicídio, nada desse tipo. Assim, o IML concluiu que a causa da morte foi uma dose excessiva de cocaína. Popularmente uma overdose de cocaína. Isso, aliado ao compromentimento físico que ele já vinha apresentando, tanto na parte do coração, nas artérias, como também um edema cerebral, potencializou a morte dele. Ele iria ter comprometimento de saúde fatalmente, independente da droga. Mas infelizmente essa dosagem foi letal para ele", afirmou Franco. 
"4,714 microgramas por mililitros de sangue é bastante excessivo até para uma pessoa normal que estivesse usando essa droga. Como o estado físico dele já estava bastante comprometido, para ele foi fatal", completou o delegado, afirmando que a polícia trabalhava desde o início com a hipótese de que não era um suicídio.
O exame aponta que o cantor apresentava miocárdio hipertrófico (aumento do tamanho do músculo do coração), coronarioesclerose grave (bloqueio das artérias coronárias por gordura), nefroesclerose renal (alteração no tecido do rim), edema cerebral (aumento dos líquidos no sistema nervoso central), esteatose hepática (excesso de gordura no fígado).
Uol