Com o acordo, a tecnologia será transferida ao Instituto de Tecnologia em Fármacos da Fiocruz, conhecido como Farmanguinhos. De acordo com o diretor da unidade, Hayne Felipe, o acordo deve durar até 2017 - tempo necessário para que todo o conhecimento sobre o medicamento seja aprendido pelos profissionais no Brasil e o remédio seja fabricado totalmente em território nacional.
"Esse tempo é normal para a transferência de uma tecnologia deste tipo e é também quando termina a patente do produto", explica. Já em 2013, o laboratório norte-americano irá produzir o remédio com a identidade nacional da Farmanguinhos. Dois anos mais tarde, o instituto brasileiro já estará respondendo por 50% da produção do atazanavir.
Vendida com o nome de Reyataz, a droga é classificada como um antirretroviral inibidor de protease, um tipo de remédio que impede o amadurecimento do vírus e que ele infecte outras células.
O Ministério da Saúde espera reduzir em 41% seus gastos com o atazanavir. Além disso, a pasta vê o domínio tecnológico como uma garantia de acesso do paciente ao medicamento. Somente em 2011, o governo federal gastou R$ 128,2 milhões para comprar mais de 25 milhões de cápsulas do medicamento. Cerca de 43 mil pessoal foram beneficiadas no período.
Para 2012, a Fiocruz ainda deverá debater com o Ministério da Saúde sobre qual será a demanda. "Nós vamos conversar, talvez o Ministério precise adquirir até mais do que neste ano que estamos", afirma Hayne Felipe.
A nova tecnologia vai ajudar no desenvolvimento do laboratório nacional. “Nosso grande desafio é adquirir competitividade frente às grandes indústrias internacionais. Por outro lado, o acordo com a Bristol contribui para maior disponibilidade do medicamento”, argumenta.
G1