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segunda-feira, 15 de junho de 2015

AL debate aumento de mortes maternas na PB

A Comissão da Mulher da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) realiza na quarta-feira (17), às 15h, no plenário José Mariz, uma audiência pública para discutir a mortalidade materna no Estado da Paraíba. A propositura é da presidente da Comissão, a deputada Camila Toscano (PSDB), que revelou sua preocupação com o tema já que o Estado é o quinto do Nordeste com maior quantidade de mortes maternas. Nos últimos anos, de 2011 a 2013, a Paraíba teve um aumento de 44% nas mortes de mulheres em decorrência do parto.

A deputada alerta para o fato de que na Paraíba o índice registra 54 mortes para cada 100 mil mulheres. Segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde, este ano, das 12 mortes maternas, sete foram somente em Campina Grande, que conta com três maternidades públicas e atende mulheres de várias cidades. No entanto, das mulheres falecidas, nenhuma residia em Campina Grande.

“Precisamos debater esse tema e encontramos soluções para diminuirmos esses índices no nosso Estado. Por isso, solicitei a audiência pública que contará com a presença de diversos especialistas na área, também de autoridades da saúde no Estado e do Ministério Público. Não podemos ficar de braços cruzados apenas acompanhando mulheres morrerem por um problema que pode ser combatido”, disse a deputada.

Estudos mostram que em algumas regiões, como o estado da Paraíba, marcado pela escassez nos recursos referentes à área da saúde, os números de mortalidade materna são preocupantes, e grande parte deles ocorre nas classes desfavorecidas. E as maiores causas das mortes estão relacionadas a hipertensão gestacional, hemorragia, aborto, infecção pós-parto e doenças circulatórias. “Muitos desses casos de doenças e mortes podem ser prevenidos com um acompanhamento médico durante a gestação. Precisamos apenas disponibilizar os serviços para essas mulheres”, afirmou Camila.

De acordo com a deputada, a mortalidade materna também é considerada um importante indicador da realidade social de um País e de Estados. “Diversos estudos mostram que as condições pelas quais as mulheres morrem espelham o nível do desenvolvimento humano da população. Sendo assim, um alto grau de mortalidade materna é indicativo de precárias condições socioeconômicas, que refletem no acesso aos serviços de saúde oferecidos pela rede pública”, observou.

“São muitos pontos que temos para discutir durante a realização da audiência pública na quarta-feira. Essa será uma excelente oportunidade de fazermos com que os índices de mortalidade materna sejam reduzidos no nosso Estado”, afirmou.

Cuidados com a gestante – O Ministério da Saúde recomenda para estados onde a mortalidade é alta que é preciso rever métodos e qualificar as práticas de cuidados com a mulher. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil foi um dos países latino americanos que alcançou avanços significativos na redução de mortes relacionadas à gravidez ou parto de 1990 a 2013. A taxa de redução de mortes maternas foi de 43% da década de 90 até 2014, no entanto a OMS alerta que o país não tem condições de alcançar a meta dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio de reduzir 75% da taxa de mortalidade.

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