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domingo, 23 de novembro de 2014

Cruzeiro supera dilúvio e é bicampeão brasileiro

Faltando duas rodadas para o fim do Campeonato Brasileiro, o Cruzeiro soltou o grito de campeão na tarde deste domingo, em pleno Mineirão lotado, com mais de 57 mil pessoas. Com o placar de 2 a 1 contra o Goiás, o time celeste conquistou o quarto título nacional da sua história, o segundo consecutivo. Para a competição, agora, só resta a definição dos donos das vagas da Libertadores da América de 2015 e os rebaixados.

Foram Ricardo Goulart e Everton Ribeiro os protagonistas da tarde mais especial do ano. Nada mais justo. O grande nome da equipe mineira neste ano, o número 28 se igualou ao atacante Henrique, do Palmeiras, na artilharia do torneio, com 15 gols. O camisa 17, que chegou a ficar apagado na reta final, também fez o seu, o gol do tetra. Fabio, também foi fundamental, salvando o grupo no final da disputa, com duas defesas incríveis.

Mesmo com um campo encharcado, com poças de água por todos os lados, a equipe de Marcelo Oliveira, embalada por sua torcida, não tropeçou e repetiu o feito do ano passado, quando conquistou o título antes da última rodada. Com 76 pontos, o time colocou o ponto final no Brasileiro, com mais uma grande campanha.

Horas antes de a partida começar, no entanto, o Mineirão já começava a lotar. A forte chuva ajudou a ocupar as arquibancadas com antecedências, mas a euforia do cruzeirense era gigante. Confiantes usando até faixas de campeão, os milhares de torcedores cantaram durante os 90 minutos, apoiando os jogadores.

Os gritos aumentaram logo no começo do confronto, aos 12 minutos, quando Ricardo Goulart abriu o placar de cabeça, depois de um cruzamento de Mayke. O silêncio, no entanto, também apareceu, poucos minutos depois, aos 22, com um belo gol dos esmeraldinos, marcado por Samuel, da entrada da área, no ângulo esquerdo de Fábio.

Depois do intervalo, o jogo voltou mais morno, sem muitas chances para os dois lados. Foi antes dos quinze minutos, aliás, que o São Paulo fez o seu na Arena Pantanal, contra o Santos, que adiaria a conquista do Cruzeiro. Nem isso, no entanto, fez os mais de 57 mil ficarem calados. Pelo contrário, os gritos só aumentaram.

A resposta dentro de campo foi quase instantânea, aos 17 minutos da segunda etapa: Willian desceu pela esquerda do campo, cruzou no meio da área e Everton Ribeiro testou para o fundo das redes. O segundo do time celeste, o gol do título.

Com a torcida enlouquecida nas arquibancadas, o início da noite de domingo ainda contou com mais emoções. Logo depois do segundo dos donos da casa, os esmeraldinos chegaram muito perto de mais um empate: a bola acertou a trave e ainda obrigou Fábio a fazer uma defesa à queima roupa - o juiz marcou impedimento no segundo lance.

Foi apenas um susto, no entanto. O Cruzeiro fez o dever de casa, segurou o resultado e agora pode comemorar à vontade seu quarto título nacional, o terceiro na era dos pontos corridos, se igualando ao São Paulo, que era o único dono dessa marca.

Daqui três dias, a equipe de Marcelo Oliveira ainda pode se tornar a maior campeã da história da Copa do Brasil - já é tetra -, caso reverta a derrota por 2 a 0 para o arquirrival Atlético no confronto de ida da decisão mineira, de novo no Mineirão.

Único fora do eixo

Esse novo título transforma o Cruzeiro no primeiro intruso entre cariocas e paulistas que dominam o ról dos vencedores do Campeonato Brasileiro.

Santos e Palmeiras, octacampeões, São Paulo, hexa, Corinthians e Flamengo, penta e Vasco e Fluminense, tetra, são hoje os únicos times com quatro ou mais troféus da elite do futebol nacional - esses números levam em conta o critério adotado em 2010 pela CBF que considera a Taça Brasil como Campeonato Brasileiro.

Vencedor da Taça de Brasil de 1966, com Piazza, Natal, Dirceu Lopes e Tostão e dos brasileiros de 2003, com Gomes, Cris, Alex e Aristizábal e 2013, com os mesmos homens que repetiram a dose neste ano com duas rodadas de antecedência, o Cruzeiro muda de lado no mapa do Brasil.

ESPN Brasil