O aniversário de um ano de atuação da
Comissão Nacional da Verdade, ocorrido no último dia 16, foi lembrado no
plenário da Câmara Federal pelo deputado Luiz Couto (PT-PB).
Couto elogiou o desempenho da comissão e
defendeu a sua continuidade. Destacou que a iniciativa da presidenta
Dilma Rousseff deu condições para que o Poder Legislativo instituísse a
Comissão Parlamentar Memória, Verdade e Justiça, presidida pela
paraibana Luiz Erundina.
O parlamentar também parabenizou as
Assembleias Legislativas, Câmara Municipais e os governos estaduais que
lançaram suas comissões e estão realizando “importante trabalho”. Ele
lamentou que “ainda hoje alguns não conseguem reconhecer as maldades que
foram praticadas durante o período da ditadura em nome do estado
brasileiro”.
Luiz Couto disse que é preciso fazer com
que a memória histórica possa ser um tempo de aprendizagem para que não
se tenha mais ditadura, tortura, desaparecimentos e pessoas sendo
queimadas.
“Nós precisamos aprender que essas
coisas que aconteceram no período da ditadura levaram ao que hoje
chamamos de composição de grupos de extermínios, que continuam agindo,
de milícias armadas privadas, que continuam atuando, de chacinas, que
acontecem a cada dia em nosso País, mostrando que ainda há muitos
vestígios dessa ditadura na sociedade, através das ações de crimes
cometidos que muitas vezes não são investigados”, ressaltou.
Trabalho estendido
A Comissão Nacional da Verdade investiga
crimes políticos cometidos por agentes do estado entre 1946 e 1988. Foi
instalada em 16 de maio de 2012, a princípio, para atuar por dois anos e
encerraria sua pesquisa em maio de 2014.
Recentemente, atendendo pedido de
movimentos sociais como da União Nacional dos Estudantes (UNE), a
presidente Dilma decidiu prorrogar as atividades da comissão até
dezembro do próximo ano.
