Os médicos da Cooperativa dos Anestesiologistas da Paraíba (Coopanest-PB) informaram que a partir do próximo dia 27 vão deixar de atender nos hospitais Arlinda Marques e General Edson Ramalho, em João Pessoa. Comunicaram ainda que os procedimentos cirúrgicos deixarão de ser realizados devido à falta de contrato dos anestesiologistas com o governo do Estado.
O governo do Estado, através da Secretaria de Comunicação, garantiu que não faltarão médicos anestesiologistas à população em nenhum momento. Reforçou ainda que a população deverá ser devidamente assistida nos hospitais da rede estadual.
Apesar da declaração, a secretaria não informou de onde virão os médicos que vão garantir o atendimento a partir do dia 27. Também não esclareceu se a contratação dos anestesiologistas se dará mediante contratos individuais ou através da cooperativa. Salientou ainda que o governo do Estado não concederá o reajuste pleiteado pela categoria de 15% por considerar o valor exorbitante e fora das possibilidades de atendimento pelo governo.
Por sua vez, a Coopanest confirmou que enviou um comunicado à Secretaria Estadual de Saúde (SES), na última terça-feira, informando que não renovará os contratos e pedindo que sejam disponibilizados profissionais para substituir os cooperados a partir do encerramento das atividades nos hospitais acima citados. A Coopanest esclarece que apesar do governo do Estado ter obtido, perante a Justiça Comum, uma liminar favorável a manutenção dos contratos com cooperativas médicas, esta decisão judicial teria vigor apenas até o término do contrato, não permitindo a renovação dele por vontade unilateral.
Em relação ao valor pago pelo plantão médico, a Coopanest considera intransigente a postura do Estado em oferecer apenas a correção do valor do plantão de acordo com um índice que corrige a defasagem da inflação.
“A Coopanest preocupada com a repercussão social da interrupção dos serviços espera que o Governo do Estado encontre uma solução para este impasse. A situação será danosa a toda população da Paraíba, já que os dois hospitais da capital atendem aos demais municípios do Estado. As práticas cirúrgicas serão afetadas, colocando em risco a vida de quem precisa do serviço público de saúde”, alertou Azuil Vieira, presidente da Coopanest.
Jornal da Paraiba