MUDAMOS DE ENDEREÇO

O ANTIGO LAGOA DE DENTRO ON LINE AGORA É O DIÁRIO DE LAGOA DE DENTRO. CLICK AQUI E ACESSE

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Tribunal descarta antecipar eleição presidencial no Paraguai em crise

O Tribunal Superior de Justiça Eleitoral do Paraguai disse nesta segunda-feira (25) que não existe possibilidade de antecipação das eleições presidenciais no país, após o impeachment de Fernando Lugo e da posse de Federico Franco.
A corte afirmou que Franco, que tomou posse na sexta-feira, é presidente legítimo e deve completar o mandato até agosto de 2013. As eleições continuam marcadas para 21 de abril de 2013.

O tribunal afirmou que o processo de impeachment foi legítimo, e que o presidente Lugo aceitou se submeter a ele.

Também nesta segunda, a Corte Suprema de Justiça do Paraguai rejeitou o recurso de Lugo contra o julgamento que o afastou do cargo.
Apesar desses reveses, o presidente deposto anunciou que não aceita o governo de Franco e que criou um gabinete paralelo com seus ex-ministros.

Crise no Paraguai

Federico Franco assumiu o governo do Paraguai na sexta-feira (22), após o impeachment de Fernando Lugo, e agora encontra-se sob forte pressão diplomática dos parceiros sul-americanos, que consideraram o processo antidemocrático.

O processo político contra Lugo foi iniciado por conta do conflito agrário que terminou com 17 mortos no interior do país. A oposição acusou Lugo de ter agido mal no caso e de estar governando de maneira "imprópria, negligente e irresponsável".

Ele também foi acusado por outros incidentes ocorridos durante o seu governo, como ter apoiado um motim de jovens socialistas em um complexo das Forças Armadas e não ter atuado de forma decisiva no combate ao pequeno grupo armado Exército do Povo Paraguaio, responsável por assassinatos e sequestros durante a última década, a maior partes deles antes mesmo de Lugo tomar posse.

O processo de impeachment aconteceu rapidamente, depois que o Partido Liberal Radical Autêntico, do então vice-presidente Franco, retirou seu apoio à coalizão do presidente socialista.

A votação, na Câmara, aconteceu no dia 21 de junho, resultando na aprovação por 76 votos a 1 – até mesmo parlamentares que integravam partidos da coalizão do governo votaram contra Lugo. No mesmo dia, à tarde, o Senado definiu as regras do processo.

Globo.com