Um pedido de vistas feito pelo juiz Márcio Murilo interrompeu hoje à tarde o julgamento de uma ação penal movida contra a prefeita de Araruna, Wilma Maranhão (PMDB) e sua filha, a deputada estadual Olenka (PMDB). Elas são acusadas de causarem um tumulto e desrespeitarem a lei eleitoral no pleito de 2002 ao terem feito uma passeata em pleno dia da eleição.
O relator da ação penal, juiz Newton Vita, votou pela rejeição da acusação por entender que não havia provas da infração. A defesa alegou que as duas, por serem lideranças políticas, teriam atraido involuntariamente, a atenção de muitos eleitores e eles, por livre e espontanea vontade, teriam seguido Wilma e Olenka no dia do pleito. Diante da concentração de pessoas, a polícia interveio e acabou se formando um tumulto.
O voto do relator foi seguido por Miguel de Brito Lyra e Márcio Accioly. O voto divergente foi do juiz João Bosco, que entendeu haver dolo das acusadas na concentração de eleitores. O pedido de vista de Márcio Murilo interrompeu a votação, que será concluida na próxima sexta-feira, 11.
Do parlamento PB