"Vamos discutir o lucro dos bancos e a remuneração dos executivos, e vamos dialogar que nesse momento de negociações salariais é preciso tratar de distribuição de renda", afirmou ele ao G1.
Em reunião em São Paulo nesta terça-feira (11), a categoria decidiu ainda intensificar o movimento grevista, que fechou, segundo balanço da entidade, 9.090 agências na terça-feira. Os bancários também afirmam que pedirão uma audiência com o presidente da Febraban, Murilo Portugal.
A Federação Nacional de Bancos (Fenaban), por sua vez, informou que fez "duas propostas completas visando acordo com os bancários e colocou-se à disposição do movimento sindical para tratar de eventuais acertos que fossem necessários".
Na segunda-feira, os bancários paralisaram 9.090 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados em todos os 26 estados e no Distrito Federal, segundo balanço da Contraf-CUT. O número equivale a 45,28% das 20.073 agências existentes no país.
De acordo com a Contraf, a atual paralisação, que já é a maior da categoria nos últimos 20 anos em termos de adesão, caminha para se tornar também a mais longa. A paralisação do ano passado durou 15 dias. A deste ano completa 14 dias nesta segunda.
Carlos Cordeiro, presidente da entidade e coordenador do Comando Nacional dos Bancários, afirma, em nota, que a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) ainda não respondeu à carta enviada pela Contraf na última terça-feira (5), solicitando a retomada das negociações. "Enquanto seguimos reafirmando nossa disposição para o diálogo, os bancos e o governo enrolam e tentam confundir os bancários e a sociedade. A tática deles não vai funcionar."