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segunda-feira, 6 de junho de 2011

Médico contratado por governador já foi preso por “crime hediondo, desrespeito à Lei Tributária e falsidade ideológica”

A decisão de importar 10 médicos do Rio de Janeiro para substituir cirurgiões que estão em greve no Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa, deve agora se tornar caso de polícia. É que entre os médicos que deram entrada em permissões provisórias para trabalhar na Paraíba, junto ao CRM-PB, aparece o médico cirurgião Jorge Eduardo da Rocha Paranhos, cujo número do registro, no Conselho de Medicina do Rio de Janeiro, é 284320. O presidente do CRM da Paraíba, Dr. João Medeiros, confirmou à reportagem do ClickPB que o médico Jorge Eduardo da Rocha Paranhos solicitou registro provisório na Paraíba.

Em agosto de 1998, quando era diretor da Clínica São Bernardo, na Barra da Tijuca, Jorge Eduardo foi acusado e preso "por crime hediondo contra a saúde pública, desrespeito à Lei Tributária e falsidade ideológica. O médico Jorge Eduardo da Rocha Paranhos, diretor da Clínica São Bernardo, na Barra, ainda respondeu também por tráfico de drogas. A clínica tinha remédios com a validade vencida, conforme informação veiculada na página 1 e 21 do Jornal O Globo de 29 de agosto de 1998. Jorge responde a processo na 33ª vara criminal do Rio de Janeiro no processo 1998.001.152.808-3.

Então diretor-superintendente da Clínica São Bernardo, na Barra da Tijuca, ele foi preso e respondeu por um quarto crime: tráfico de entorpecentes. Segundo o delegado substituto da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Saúde Pública, Luiz Antônio Ferreira, o livro de registro de medicamentos controlados, como entorpecentes e psicotrópicos, estava desatualizado há dois meses, quando a tolerância é de, no máximo, cinco dias.

O médico, primeiro a ser preso por crime hediondo contra a saúde pública no Rio, foi indiciado, ainda, por desrespeitar a Lei de Crimes contra a Ordem Tributária, Econômica e Relações de Consumo, e por falsidade ideológica, já que apresentou uma carteira de oficial da Marinha sem validade. Paranhos foi preso no Ponto Zero, em Benfica. Preocupado com os pacientes, o delegado também determinou a interdição da clínica:

Na Paraíba, juntamente com o cirurgião Jorge Eduardo da Rocha Paranhos, foram contratados mais nove médicos do Rio de Janeiro para cumprir plantão de fim de semana. Há informações que o pacote envolveu o valor de R$ 6.000,00 (seis mil reais) para cada profissional, além de hospedagem em hotel 5 estrelas, passagens aéreas e traslados.

Matéria do CLICK PB