As explosões que mataram pelo menos uma pessoa na capital sueca, Estocolmo, neste sábado, teriam sido uma tentativa fracassada de “ataque suicida”, segundo o ministro das Relações Exteriores do país, Carl Bildt.
Em sua página no Twitter, Bildt disse que o ocorrido é “extremamente preocupante” e que, se bem–sucedidos, os ataques teriam sido “realmente catastróficos”.
Representantes da polícia sueca disseram à BBC que ainda é cedo para determinar as causas do ataque e que uma investigação está em andamento.
Ao menos uma pessoa morreu e duas ficaram feridas após duas explosões no centro da cidade, em ruas movimentadas.
A primeira explosão originou-se em um carro que estava perto da movimentada rua Drottninggatan, causando pânicos entre pessoas que frequentavam o comércio da região. Minutos depois, outro estrondo foi ouvido a 250 metros dali.
Afeganistão e caricaturas
Uma agência de notícias sueca disse ter recebido um e-mail ameaçador dez minutos antes de as explosões ocorrerem.
Segundo a agência, o e-mail tinha dois arquivos de áudio - em sueco e árabe - contendo queixas quanto ao "silêncio" da Suécia com relação à Guerra do Afeganistão e à publicação de caricaturas do profeta Maomé na imprensa.
A mensagem também dizia que era hora de o povo sueco morrer "como nossos irmãos e irmãs", disse Mats Johansson, editor da agência, à BBC News.
Imagem de vídeo de bombeiro após explosão
Explosões ocorreram a 250 metros de distância
A Suécia tem cerca de 500 soldados atuando no Afeganistão como parte da coalizão internacional que opera no país.
Gás
O corpo de um homem foi encontrado no local da segunda explosão. Até a noite deste sábado, ele ainda não havia sido identificado.
Duas pessoas foram levadas para hospitais com ferimentos leves.
Um porta-voz da polícia sueca disse à BBC News que o carro continha latas cheias de gás e que pegou fogo após a explosão desses objetos. Um vídeo amador mostrou o carro em chamas.
A Suécia havia elevado em outubro seu alerta de segurança alegando “alterações de atividades” de grupos baseados no país, que poderiam estar planejando ataques.
O país fizera um alerta a seus cidadãos para possíveis ataques terroristas e recomendara cautela especialmente no transporte público ou em locais turísticos.