Apesar da ausência de Kleber Leite e Cuca, meia sérvio é carregado por torcedores, em seu retorno ao clube, nesta segunda-feira
Sem a presença de qualquer funcionário do departamento de futebol do Flamengo, o sérvio Petkovic foi apresentado na Gávea, nesta segunda-feira, nos braços da torcida. Apesar das discordâncias internas envolvendo a contratação do meia,
o jogador foi carregado por torcedores presentes ao clube, em clima de "resgate do ídolo", com direito a exibição do consagrador gol do tricampeonato carioca de 2001, sobre o Vasco. Até esta segunda, nem o vice de futebol Kleber Leite, nem o técnico Cuca conversaram com o atleta, cujo retorno ao clube envolve o pagamento de uma dívida.
Coube ao presidente em exercício Delair Dumbrosck apresentá-lo. Pet comentou a possibilidade - ainda que remota - de voltar a vestir a camisa 10 rubro-negra, assim como fez em sua última passagem pela Gávea. - Sempre gostei da responsabilidade.
Quando cheguei aqui, vim para vestir a camisa que era de Zico. Agora, vim para, talvez, voltar a colocar a camisa que foi do Pet. Aparentemente em boa forma, Pet, de 36 anos, treinou no início da manhã, enquanto o restante do elenco rubro-negro teve o dia de folga, após a vitória por 2 a 1 sobre o Atlético-PR neste domingo, pela quarta rodada do Brasileirão. - Já conheço a casa em que estou chegando. Sei da grandeza da torcida e do clube. Espero ser útil.
Confira os principais trechos do retorno de Petkovic:
A volta para casa
"É um imenso prazer voltar a vestir a camisa que propiciou os melhores momentos da minha carreira. Cada vez que vejo o gol do tri, me arrepio."
O que mudou do Pet de 2001?
"Agora conheço a casa que estou chegando. Sei a grandeza da torcida, do clube. Espero retribuir."
Chance de hexa
"Nas negociações para voltar tive a preocupação de saber quem vai ficar. O elenco é forte e pode brigar pelas primeiras posições."
Estreia
"Estou magrinho, mas com certeza falta ritmo de jogo. Preciso de uma mini-temporada porque estou há seis meses parado, desde que saí do Atlético-MG. Preciso me sentir em condições para jogar em alto nível."
Rejeição de dirigentes do futebol
"Em 20 anos de carreira dificilmente vi algum jogador ser contratado por unamidade. Houve muita fofoca, confusão. Mas é normal. A minha vontade de jogar é muito grande."
Contratado por causa da dívida?
"O Flamengo quis ressuscitar um ídolo. Chegou a hora, ainda que demorada, de voltar para casa. Tivemos várias reuniões de negócios, mas o fator emoção pesou muito. Está todo mundo feliz."
Ex-jogador em atividade?
"Ainda sou um garoto. Tem outros jogadores mais velhos atuando, mas ninguém fala nada. Ninguém questiona minha qualidade, só a minha parte física. Então, com a vontade e com o trabalho que será feito pelos profissionais do Flamengo, tudo pode ficar bem"